Páginas

sábado, 3 de julho de 2010

Como surgiu o RH?


A Administração de Recursos Humanos tem origem desde o início do século XX, que surgiu a partir da complexidade das empresas após o forte impacto da Revolução Industrial inicialmente chamado de Relações Industriais com o objetivo de abrandar os conflitos entre os objetivos organizacionais e os objetivos individuais das pessoas. A organização necessitava de um órgão que reduzisse esses conflitos pois apesar de estreitamente relacionadas pareciam que viviam em compartimento diferentes, totalmente separados com fronteiras fechadas, requerendo um interlocutor para ambas poderem entender-se, esse interlocutor seria o órgão de Relações Industriais que tentava articular o capital e o trabalho, ambos interdependentes, mas, sobretudo conflitantes.

Posteriormente o conceito de Relações Industriais mudou radicalmente e sofreu uma formidável ampliação. Ao redor da década de 1950, passou a ser denominado Administração de Pessoal. Já não se tratava apenas de intermediar os desentendimentos e reduzir os conflitos, mas, sobretudo, administrar as pessoas segundo a legislação trabalhista vigente e administrar os conflitos que surgissem espontaneamente. Pouco tempo depois ao redor da década de 1960, o conceito teve nova ampliação. A legislação trabalhista permaneceu inalterada e tornou-se gradativamente obsoleta, enquanto os desafios das organizações cresceram desproporcionalmente. As pessoas passaram a ser consideradas os rcursos fundamentais para o sucesso organizacional, aliás os únicos recursos vivos e inteligentes que as organizações dispõe para enfrentar os desafios pela frente.

Assim, surgiu o conceito Administração de Recursos Humanos. Porém, ainda sofrendo a velha miopia de visualizar as pessoas como recursos produtivos ou meros agentes passivos cujas atividades devem ser planejadas e controladas a partir das necessidades das organizações. Hoje, com o advento do terceiro milênio, com a globalização da economia e o mundo fortemente competitivo, a tendência que se nota nas organizações bem-sucedidas é de não mais administrar recursos humanos, nem mais administrar as pessoas, mas, sobretudo, administrar com as pessoas. Tratando-as como agentes ativos e proativos, sobretudo dotados de inteligência e criatividade, de habilidades mentais e não apenas de habilidades e capacidades manuais, físicas e artesanais. As pessoas não são recursos que a organização consome e utiliza e que produzem custos. Ao contrário, as pessoas constituem um fator de competitividade, da mesma forma que o mercado e a tecnologia.

Referências:

CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos: O capital humano nas organizações. Elsevier: São Paulo, 2009.

13 comentários:

  1. Gostei bastante do seu texto tirado do Livro Recursos Humanos - CHIAVENATO....2004, pg. 18

    ResponderExcluir
  2. Realmente está igualzinho!!! Eu li o livro..

    ResponderExcluir
  3. Realmente ele sabe expor de forma clara e objetiva seus conceitos, se bem que o livro é sim Recursos Humanos de Chiavenato, porém do ano de 2009. Obrigado!

    ResponderExcluir
  4. Oi Iara, seu texto, retirado do livro, foi de suma importância na apresentação de um seminário na faculdade.

    ResponderExcluir
  5. Gostei muito desse texto, através dele consegui elaborar minha primeira aula de RH.
    Gostei também do teu blog muito bem elaborado, parabéns.

    ResponderExcluir
  6. Ola Gostei imensamente deste texto, vou utilizá-lo para uma palestra comparando o sistema clt X Cooperativismo, obrigado

    ResponderExcluir
  7. o importante não é de onde vem pois tem pessoas que não tem condição de compra um livro e sim de encontra na net parabéns pelo seu texto.

    ResponderExcluir
  8. Eu estou aprendendo coisas maravilhosas na pós-graduação

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. eu gosto muito sou o dr. geral de recursos humanos do mundo
      eu dr. weslley brove salamn

      Excluir
  9. Fiquei realmente emocionada ao analisar a caminhada humana que o RH
    desbravou ao longo de sua história. Concordo plenamente colocar a pessoa como chave de ouro nas organizações e não o mercado.

    ResponderExcluir
  10. Pena que hoje em dia, por mais que os estudos e a tecnologia avancem, as pessoas, de certa forma, ainda são tratadas e definidas como números, e por vezes despersonalizadas na grande maioria das organizações. Creio que administrar "com as pessoas" ainda precisa se tornar viral, atingindo assim, uma gama maior de empresas e indústrias. A teoria é "linda" aos olhos de quem estuda, mas a prática, aonde as coisas realmente acontecem, ainda demonstra que certos conceitos são deixados de lado, conceitos estes que sabemos fazerem parte de um desenvolvimento real e produtivo para as organizações utilizando as pessoas e extraindo seu verdadeiro potencial.

    ResponderExcluir