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terça-feira, 29 de setembro de 2015

Diário de uma recrutadora...

Boa noite gestores e futuros gestores de pessoas, estou tentando voltar a escrever no blog, porém a correria do dia a dia tem tomado muito meu tempo e quase não tenho conseguido acessar, mas tentarei estar aqui sempre até para compartilhar com vocês e trocar experiências sobre nossa "vida de RH" como o próprio nome do blog sugere. Hoje estou aqui pra falarmos um pouco sobre a realidade do nosso mercado de trabalho, um ponto que tem sido muito discutido nos dias atuais, principalmente com o índice de desemprego aumentando.

Moro em Natal/RN, e os processos de Recrutamento e Seleção de pessoal compõe muito do meu dia a dia, ultimamente tenho feito muitos processos seletivos me valendo até da situação atual do mercado, uma vez que com o desemprego em alta o processo de recrutamento se torna bem mais fácil uma vez que meu leque de opções aumentou correto? Errado! De fato hoje a quantidade de pessoal para compor uma seleção aumentou consideravelmente, porém tenho me deparado com inúmeras situações de despreparo na hora da entrevista e perfis pouco convidativos. Recebo por dia em média de 200 currículos e procuro realizar uma triagem sempre para dispor de um banco de dados atualizado, de 100 currículos analisados geralmente aproveito em torno de 20 onde sendo todos postos em um processo seletivo costumo aprovar em média 5 para ter um resultado final de 1 pessoa.

Deixarei abaixo algumas dicas baseando-se na realidade que vivo nos meus processos seletivos:

A avaliação de um recrutador começa exatamente pelo currículo, onde avaliamos formato, objetividade e clareza de conteúdo, tempo de empresa, tarefas que foram desempenhadas, dentre outras informações, quando há ausência de dados como esses já pode ser considerado um ponto negativo na avaliação além de tornar a triagem imprecisa. Por isso é importante que na elaboração do currículo garanta-se que o mesmo disponha e atenda algumas regrinhas básicas, já que trata-se da sua apresentação a empresa e do primeiro contato que terá com o recrutador (deixarei um link abaixo direcionando a um artigo que li e gostei e que nos dá dicas valiosíssimas e que podem fazer toda a diferença).

A entrevista já é um ponto positivo ao meu favor, se estou ali significa que o recrutador avaliou o meu currículo e gostou do que estava nele, nesse caso preciso garantir que o meu comportamento esteja conivente com a minha primeira apresentação a empresa. Postura é tudo, a forma de se vestir também contribui bastante, procure estar apresentável, composto, dê preferência a tons neutros, pouco chamativos e mais formais dependendo do ambiente. Fluência verbal é essencial, clareza, objetividade e acima de tudo profissionalismo. Devemos lembrar que a entrevista de emprego é a nossa apresentação pessoal e devemos ter muito cuidado com aquilo que falamos de nós mesmos bem como a imagem que transmitimos, tente se perguntar se você se contrataria e o "porquê" disso, quais características que levariam com que qualquer empresa o quisesse ter como colaborador? Já é um bom começo, e o mais importante? Seja sincero! Falar mal dos meu antigo chefe ou minha antiga empresa não ajuda, seja paciente, ouça o recrutador, procure ler sobre a empresa na qual está sendo entrevistado, isso demonstra interesse, a preparação para a entrevista é fundamental. Quando lhe perguntarem sobre seus pontos positivos, seja criativo, volte a pergunta sobre o "porquê" deveria ser contratado e apresente o melhor de si. Venhamos e convenhamos que o ponto negativo "perfeccionismo" já se tornou um pouco clichê não é? Sendo assim, inove nisso também, tenha em mente que um candidato ou um funcionário que se destaca, consegue esse resultado exatamente por ser diferente dos demais, porém acima de tudo, seja verdadeiro, mentir nunca ajuda.

Outro ponto importante é avaliar bem a vaga na qual está se candidatando, analisar a proposta da empresa e se fazer também a pergunta de "porque eu gostaria de trabalhar aqui?". Claro que minha necessidade financeira contará como um dos principais pontos, porém não existe nada melhor do que fazer aquilo que se gosta o que consequentemente gera uma boa produtividade e satisfação no trabalho. É bem como aquela frase de Confúcio: "Escolha um emprego que ame e nunca terás que trabalhar um dia em sua vida". Sábias palavras com toda certeza.

Bom pessoal, tudo isso descrevo com base na minha rotina de RH vivenciando experiências, espero que esses relatos também possam ajudá-los em suas vidas de RH como também espero ouvir a de vocês. No próximo post falarei um pouco sobre conflito de gerações e alguns comportamentos, já devo ter escrito algo por aqui, mas dessa vez falarei sobre experiências baseadas na minha realidade atual. Até a próxima!

Ah, o link abaixo trata-se de um artigo que vi na Exame com dicas sobre como elaborar currículo perfeito, apesar da postagem ser antiga já me foi bastante útil e possui dicas valiosíssimas que podem ser utilizadas até hoje. Achei interessante, aproveitem!
http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/a-anatomia-de-um-curriculo-perfeito