terça-feira, 23 de fevereiro de 2016
O que as redes sociais dizem sobre mim?
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016
Resenha do filme "JOBS"
Imagino que não há como não assistir aquele filme e não se apaixonar, muito embora eu tenha chamado o Steve Jobs de "cretino" até a metade do filme. E por quê será? Bem, vamos a resenha.
O filme foi lançado em 2015 e com direção de Joshua Michal Stern que teve como protagonista interpretando o papel de Steve Jobs, o ator Ashton Kutcher, que na minha opinião já demonstrou uma grande atuação ao fazer com que o público enxergasse nele uma imagem além daquele garotão "hollywoodiano". Sem falar na grande semelhança do personagem com o próprio Jobs na sua juventude, na verdade a maioria dos atores conseguiram, no que diz respeito a parte visual, transformar-se em uma cópia fiel de cada personagem por eles representados.
O filme conta a história do co-fundador da Apple, e ao mesmo tempo a história daquela que se tornou uma das empresas mais renomadas e lucrativas do mundo desde a sua criação, iniciando na garagem dos pais adotivos de Jobs, passando pela crise no ano de 1990 até o lançamento de seu produto mais revolucionário, o Ipod. Jobs é retratado como um líder inspirador (pelo menos na maioria das vezes), um gênio brilhante, perito na arte da negociação, mas aparentemente, também, um homem desequilibrado (digamos assim), com temperamento forte e uma grande dificuldade de relacionamento.
No filme pode-se perceber o porquê de Jobs ter se tornado esse grande empreendedor, pois as características desse tipo de pessoa podem ser observadas logo no início, quando ele em conflito com seu superior na empresa em que antes ele trabalhava (como funcionário), demonstra não ter nascido para ser "comandado" e sim para "comandar", ou liderar usando a palavra correta. Jobs não tinha medo de arriscar, acretitava em si mesmo e no seu potencial, desafiava-se o tempo todo onde ao vender seu produto, repito, com uma capacidade de negociação extraordinária (era um excelente vendedor), fechava prazos totalmente absurdos, contratava funcionários sem um punto no bolso, simplesmente por acreditar em seu projeto e na qualidade de seu produto, ele sabia do que o cliente precisava. Algo interessante e que podemos ver ainda hoje nos produtos da Apple era a preocupação de Jobs com a qualidade do produto, sendo rigoroso até na simetria das peças que compunham uma placa, o que aparentemente para seu sócio não era algo com que deveriam se preocupar, uma vez que tinham prazos curtos a cumprir e isso sim importava mais. Erro de muitas empresas no mundo ao tentar trocar qualidade por rapidez na entrega dos produtos. Jobs era um Workaholic, viciado em trabalho, sem tempo para viver uma vida pessoal, recusando-se a assumir a própria filha alegando "não ter tempo para isso" (uma das vezes em que o chamei de cretino, mas houveram muitas outras).
Jobs também mostrava em algumas cenas características um tanto desonestas, como no início da empresa por exemplo, onde ele mente para seu futuro sócio sobre o quanto estariam ganhando por um determinado projeto. Ele estaria ganhando U$ 5.000,00 mas o que repassou ao amigo foi uma quantia de acreditem U$ 700,00 onde ele recebeu metade disso, mesmo sendo peça fundamental em todo o projeto.
No filme Jobs demonstra ter um temperamento muito difícil, com grande dificuldade de aceitar ideias ou opiniões que fossem em desacordo com o que ele pensava, não admitia funcionários que não acreditassem na filosofia da empresa, era grosso e gritava com as pessoas. Porém era um excelente recrutador, sabia identificar talentos e tinha um ótimo faro para grandes oportunidades, acreditava no trabalho em equipe e queria os melhores com ele. Acreditava na revolução, no novo, mesmo que isso significasse tornar seu próprio produto obsoleto ao reinventá-lo, isso garantiria que ele chegasse ao topo e ao chegar lá, garantiria sua permanência no alto do pódio.
Todo o filme é uma cópia fiel da história da Apple e do seu co-fundador, só falha na minha opinião ao tentar citar frases de Jobs em cada grande momento da organização, com grandes trilhas sonoras, momentos emocionantes, pessoas o observando e o aplaudindo com grande entusiasmo e sangue nos olhos o que chega a ser clichê e contraditório, pois será mesmo que ele era sempre tão bem recebido assim? No meu particular ponto de vista, observando algumas características e comportamentos do mesmo, acredito que não. Pelo menos não é assim em grande parte das empresas.
O filme é inspirador, instigante, motivador e capaz de prender total atenção do público, recomendo sim a todos os profissionais da area de gestão e principalmente aos empreendedores, uma vez que todo ele é uma lista gigantesca de comportamentos desses profissionais. Vale a pena assistir!
Por Iara Teixeira
terça-feira, 29 de setembro de 2015
Diário de uma recrutadora...
Moro em Natal/RN, e os processos de Recrutamento e Seleção de pessoal compõe muito do meu dia a dia, ultimamente tenho feito muitos processos seletivos me valendo até da situação atual do mercado, uma vez que com o desemprego em alta o processo de recrutamento se torna bem mais fácil uma vez que meu leque de opções aumentou correto? Errado! De fato hoje a quantidade de pessoal para compor uma seleção aumentou consideravelmente, porém tenho me deparado com inúmeras situações de despreparo na hora da entrevista e perfis pouco convidativos. Recebo por dia em média de 200 currículos e procuro realizar uma triagem sempre para dispor de um banco de dados atualizado, de 100 currículos analisados geralmente aproveito em torno de 20 onde sendo todos postos em um processo seletivo costumo aprovar em média 5 para ter um resultado final de 1 pessoa.
Deixarei abaixo algumas dicas baseando-se na realidade que vivo nos meus processos seletivos:
A avaliação de um recrutador começa exatamente pelo currículo, onde avaliamos formato, objetividade e clareza de conteúdo, tempo de empresa, tarefas que foram desempenhadas, dentre outras informações, quando há ausência de dados como esses já pode ser considerado um ponto negativo na avaliação além de tornar a triagem imprecisa. Por isso é importante que na elaboração do currículo garanta-se que o mesmo disponha e atenda algumas regrinhas básicas, já que trata-se da sua apresentação a empresa e do primeiro contato que terá com o recrutador (deixarei um link abaixo direcionando a um artigo que li e gostei e que nos dá dicas valiosíssimas e que podem fazer toda a diferença).
A entrevista já é um ponto positivo ao meu favor, se estou ali significa que o recrutador avaliou o meu currículo e gostou do que estava nele, nesse caso preciso garantir que o meu comportamento esteja conivente com a minha primeira apresentação a empresa. Postura é tudo, a forma de se vestir também contribui bastante, procure estar apresentável, composto, dê preferência a tons neutros, pouco chamativos e mais formais dependendo do ambiente. Fluência verbal é essencial, clareza, objetividade e acima de tudo profissionalismo. Devemos lembrar que a entrevista de emprego é a nossa apresentação pessoal e devemos ter muito cuidado com aquilo que falamos de nós mesmos bem como a imagem que transmitimos, tente se perguntar se você se contrataria e o "porquê" disso, quais características que levariam com que qualquer empresa o quisesse ter como colaborador? Já é um bom começo, e o mais importante? Seja sincero! Falar mal dos meu antigo chefe ou minha antiga empresa não ajuda, seja paciente, ouça o recrutador, procure ler sobre a empresa na qual está sendo entrevistado, isso demonstra interesse, a preparação para a entrevista é fundamental. Quando lhe perguntarem sobre seus pontos positivos, seja criativo, volte a pergunta sobre o "porquê" deveria ser contratado e apresente o melhor de si. Venhamos e convenhamos que o ponto negativo "perfeccionismo" já se tornou um pouco clichê não é? Sendo assim, inove nisso também, tenha em mente que um candidato ou um funcionário que se destaca, consegue esse resultado exatamente por ser diferente dos demais, porém acima de tudo, seja verdadeiro, mentir nunca ajuda.
Outro ponto importante é avaliar bem a vaga na qual está se candidatando, analisar a proposta da empresa e se fazer também a pergunta de "porque eu gostaria de trabalhar aqui?". Claro que minha necessidade financeira contará como um dos principais pontos, porém não existe nada melhor do que fazer aquilo que se gosta o que consequentemente gera uma boa produtividade e satisfação no trabalho. É bem como aquela frase de Confúcio: "Escolha um emprego que ame e nunca terás que trabalhar um dia em sua vida". Sábias palavras com toda certeza.
Bom pessoal, tudo isso descrevo com base na minha rotina de RH vivenciando experiências, espero que esses relatos também possam ajudá-los em suas vidas de RH como também espero ouvir a de vocês. No próximo post falarei um pouco sobre conflito de gerações e alguns comportamentos, já devo ter escrito algo por aqui, mas dessa vez falarei sobre experiências baseadas na minha realidade atual. Até a próxima!
Ah, o link abaixo trata-se de um artigo que vi na Exame com dicas sobre como elaborar currículo perfeito, apesar da postagem ser antiga já me foi bastante útil e possui dicas valiosíssimas que podem ser utilizadas até hoje. Achei interessante, aproveitem!
http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/a-anatomia-de-um-curriculo-perfeito
domingo, 26 de abril de 2015
De volta as origens
Não, não é milagre, voltei mesmo. E cá estou de volta escrevendo novamente a vocês, mais madura e mais experiente. A última vez que acessei esse blog ainda estava na faculdade e hoje formada e concluindo minha pós graduação finalmente consegui recuperar a senha que havia perdido. Quem me conhece sabe que amo escrever, pra mim é uma terapia poder colocar tudo que penso, que sinto num papel, ou num blog, como é o caso. E foi por isso que quando estava na faculdade tive a ideia de criá-lo, e hoje meu presente do dia foi finalmente conseguir acessar meu blog novamente e ver que muita gente que eu nem conheço andou acessando e melhor ainda, comentando. Não é maravilhoso??? Pensei até em mudar o nome para "Diário de RH" ao invés de "Vivendo em RH", mas logo desisti da ideia, pois meu objetivo é narrar aqui o que vivencio na area de Gestão de Pessoas, Departamento Pessoal e Legislação Trabalhista que são minhas grandes paixões e também aquela minha velha análise crítica sobre tantos temas nessa area.
Espero poder expor e trocar grandes ideias por aqui!
Abraço a todos e até o próximo post!
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Qual o principal desafio da Gestão de Pessoas?
domingo, 26 de junho de 2011
Treinar com medo de perder talentos?
domingo, 29 de maio de 2011
O MEDO DE LIDAR COM O NOVO: AS DEFICIÊNCIAS DO MUNDO EMPRESARIAL E O GERENCIAMENTO DE TALENTOS NO CONFLITO DE GERAÇÕES
Ontem a noite ao assistir o telejornal me deparei com uma reportagem que me deixou decepcionada como futura Gestora de Pessoas. A reportagem mostrava a quantidade mínima de vagas no mercado de trabalho para jovens recém-formados, que não obtinham espaço não pelo fato de serem inexperientes, mas sim pelo fato de serem difíceis de lidar. Em contrapartida as vagas para “pessoas mais experientes” aqueles que se encaixam na geração dos Baby Boomers e X eram maiores.
Sou uma jovem Y que não defendo de forma efusiva os jovens da minha geração, apenas procuro defender o nosso lado fazendo com que as pessoas (líderes, gerentes) parem de perder seu tempo nos criticando e trabalhem no intuito de reter e aproveitar nossos talentos da melhor forma, isso não significa deixar o controle em nossas mãos, precisamos dos Belle Époques, precisamos dos Baby Boomers, precisamos dos X. Eles criaram nosso mundo, viveram e se reergueram após o trágico cenário da Primeira e Segunda Guerra Mundial, chegaram a Lua, nos proporcionam até hoje viver diversas conquistas através de suas manifestações, criaram os primeiros computadores e equipamentos eletrônicos com os quais temos tanta familiaridade, derrubaram o Muro de Berlim, enfim, nunca seremos gratos o suficiente por tudo isso. Temos muito ainda à aprender com eles, porém, queremos que eles também aprendam conosco. Precisamos uns dos outros.
Voltando para o tema da entrevista, fiquei pasma ao ouvir de uma gerente de Recursos Humanos: “Esses jovens são mais difíceis de lidar!” Me pergunto se o trabalho dessa Gestora de Pessoas não seria exatamente saber ou procurar lidar com esse tipo de perfil. As empresas estão buscando a facilidade de pessoas mais fáceis de se trabalhar, esquecendo-se que o talento e valores dos jovens da geração Y somados aos das gerações anteriores pode funcionar como uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento organizacional. Faço outro questionamento: E quando não mais existirem Baby Boomers ou X’s? Sim, porque a geração Belle Époque já contribuiu muito para o crescimento mundial e empresarial e já não as vemos mais trabalhando em empresas. Só restará a geração Y que estará contratando a geração Z que já estará gerando uma outra geração. Digo mais uma vez que as organizações precisam parar de buscar facilidades isso as estão deixando acomodadas, o mundo está em constante desenvolvimento e se as empresas não crescem junto com ele ficarão a mercê de si mesmas.
Sou uma futura Gestora de Pessoas que acredita fielmente no gerenciamento de talentos independente das gerações, todos tem sua contribuição a dar, basta apenas saber como utilizar de forma proveitosa a contribuição de cada um, não fazendo como essa empresa do telejornal que achou “mais fácil” apenas não contratar mais os jovens. Fico imaginando como estará essa empresa daqui a alguns anos, enquanto a concorrência avança valendo-se da ferramenta de uma capital intelectual diversificado por diferentes gerações, ela estará lamentando-se por não ter buscado antes essa diversificação.
Por Iara Silva